segunda-feira, 2 de julho de 2012

Bibliografia

Todas as informações contidas neste trabalho, foram retiradas na Câmara Municipal de Duque de Caxias.
Fonte de pesquisa:
- OMADORA, Andre e Sersan Guedes - Vila São Luis - A História pela memória.
Edição dos autores - 22/08/2003 

Características do bairro

         Inicia-se por volta de 1929, quando o senhor Francisco Baldessarini e Melecíades José Gonçalves, proprietários da fazenda São Luis, decidiram lotear suas terras, dando inicio ao surgimento da bairro. Acredita-se que o nome seja uma homenagem ao Santo Luis Gonzaga (protetor dos estudantes).
          Os lotes eram vendidos através de um escritório imobiliário localizado nas esquinas da Estrada de São Luis ( atual Av. Expedicionário José Amaro ), Rua Baurú (atual Rua Gal. Manoel Rabelo) e Av. Brasil. A imobiliária estava sob o gerenciamento do Sr. Esteves, que para a venda dos lotes, eferecia uma visita, através de ônibus fretado, tendo aos domingos, churrasco para atrair novos compradores.
O desenvolvimento da Vila deu-se rapidamente, tanto social como comercialmente, chegando a tal ponto de evolução que foi conciderada o Centro de Duque de Caxias, pois foi o 1º bairro a ser estruturado.


Diversão

         Existia a corrida de cavalos na atual Av. Brasil, sempre aos domingos, com várias apostas, no período entre 1945 a 1958. Havia clubes sociais: Clube Oriental e p Clube da Portuguesa; Clube Itapemirim e o Sport Clube Vila São Luis que ficava na Av. Brasil. O terreno foi doado ao clube, mas por falta de documentação comprobatória de posse, teve o terreno tomado pela prefeitura, hoje se encontra neste local a Praça XIII de maio mais conhecida como "Apoteose".
          O time de futebol era conhecido e teve como presidente o ex-goleiro, Sr. Moreira que ocupou o cargo deixado pelo Sr. Nico.
          Funcionava um sistema de radiofone nas ruas  XV de novembro (Pau Ferro) e Av. Itatiaia onde se escutava música e o noticiário da época. O locutor era o Sr. Jorge Bastos.
          A Vila São Luis foi palco do desfile oficial das escolas de samba do Municipio de Duque de Caxias, sendo elas: Unidos da Vila São Luis, União do Centenário, Capricho do Centenário, Cartolinha de Caxias que após se unirem, formaram a atual acadêmicos do Grande Rio.
          Dos cinemas registrados, encontramos dois próximos à Vila São Luis: O Cine Santo Antonio, localizado na Av. Itatiaia (onde hoje é a igreja de Nova Vida), tendo como proprietário o Sr. Eduardo Souza Martins, atual dono da Casa de Fogos Santo Antonio e dos cinemas Santa Rosa 1, 2 e 3. O responsável por este cinema foi o Sr. João Grande. O outro Cinema era o Santa Lucia, localizado na Av. XIV de Julho com  Rua São José, no Jardim Guanabara. Atualmente não há cinema nem teatro nas redondezas.

Ensino

          Os primeiros colégios a surgirem na comunidade eram particulares: Colégio São Luis, na rua Cel. Manoel Rabelo, próximo ao colégio público Alberto Pontes e o Colégio Santo André que funcionou entre as décadas de 60 e 80, localizado na A.v Expedicionário José Amaro.



Correspondência

O correio a princípio, utilizava um sistema de entrega de cartas e outras correspondências nos chamados "ponto de referência". Como por exemplo: padaria, farmácia, botequins... O botequim mais conhecido era o "pau ferro", próximo ao colégio São Luis. 


"Ponto de briga"

O nome desta famosa esquina da Av. Itatiaia deve-se a vários motivos:
- A uma rinha de galo que acontecia na rua Cabuçu,  em um terreno baldio;
- As brigas que aconteciam, ocasionalmente, nos finais de semana, entre frequentadores dos muitos botequins existentes na área;
- As concentrações de futebol;
- O encontro dos peixeiros...
          A marginália frequentadora do local era conhecida pelo nome de "curriola", porque estavam sempre em grupos de 6 a 7 pessoas. O local era muito conhecido e movimentado e durante algum tempo um dos seus ilustres frequentadores foi o Mestre Nelson Cavaquinho.

Religião

           Entre os anos 50 e 60, a capela Nossa Senhora da Conceição ficava na Rua Muriqui, foi fundada pela Dona Maria Nascimento Souza, também conhecida como Vovó Conceição. Registra-se, nessa época, a capela de São João na Rua Itatiaia e a 2ª Igreja Batista de Caxias na Av. Expedicionário José Amaro. 
          Por achar que estaria melhor localizada, o Reverendo D. Manuel Pedro da Cunha Cintra - Bispo Diocesano de Petrópolis, transferiu a capela de N. Senhora da Conceição para a praça. O Diácono da igreja era o Sr. Manoel dos Santos. A Antiga igreja foi trasnformada em um convento chamado Nossa Senhora de Sion. Hoje, o local foi trasformado em um abrigo para as pessoas carentes.
          Próximo ao "Ponto de briga", localizava-se o centro espírita do já falecido "Joãozinho da Goméia", figura marcante nos cultos afro-brasileiro.

Segurança

        Existia na praça da Vila uma sub-delegacia chefiada pelo Sr. Gerson Vieira (subdelegado), no final da década de 60. à noite, os responsáveis pela segurança da comunidade eram os guardas noturnos conhecidos como "TODINHOS", por causa da farda cáqui. O comércio local dava preferencia por uma guarda particular, visando proteger melhor seu patrimônio. A sece desta empresa de guarda ficava próximo ao "ponto de briga", na Av. Expedicionário José Amaro. Nesta época, o delegado responsável pela segurança de Duque de Caxias era o Sr. Amil Ney Rechaid.

Transporte

           O primeiro meio de transporte registrado foi o Fordinho Conversível do Sr. Pelado (era conhecido assim porque era careca), denominado Viação Conforto.
          Entre os anos 1948 e 1952, funcionou um serviço de automóveis de lotação tipo Kombi, conhecido como Viação Montanhesa, que prestava serviço até às 22:00.
          A primeira linha de ônibus pertencia à empresa Luso-brasileiro, que só tinha um único carro (ônibis) que fazia 2 viagens por dia para o centro de Caxias. Surgiu posteriormente a Auto Viação Junel, de prpriedade do Sr. Nelson Perez Garcia. Esta viação fazia a linha Vila São Luis - Praça Mauá e seu símbolo era um galinho com o sol nascente ao fundo, posteriormente foi comprada pela auto viação Santo Antonio. Em sequência vieram as empresas: União, Reginas e Fábios.

Urbanização

          A energia elétrica chegou às principais ruas no final da década de 30, o calçamento no fial da década de 50 e o saneamento (água e esgoto)  na década de 60.
Como o gás natural (botijão) ainda não era comercializado, as casas possuíam fogões à lenha, esta provinha da região do mangue e também do bairro Chacrinha.  A ocupação do bairro é o Comércio e a Indústria. Os primeiros moradores são provenientes de Minas Gerais e se adaptaram facilmente. O mercado com amior opção para a comunidade foi o Luso-Brasileiro, localizado nas esquinas das ruas Guandu (atual Min. Oliveira Viana) com a Av. Itatiaia. O priprietário deste estabelecimento, de origem portuguesa, chamava-se Armando Gran-Guerra. Havia também o Mercado do Povo nas esquinas das ruas Expedicioário Jpsé Amaro com Martins Penna.
          Do comércio ambulante ressaltava-se a figura do padeiro, que vendi seus pães a pé ou de bicicleta. O leiteiro era uma figura menos importante, visto que a maioria dos moradores criavam cabras e apesar da vacaria existente na Av. Brasil, este leite era pouco comercializado. A primeira casa de materiais de construção pertencia ao senhor Manoel Soares Caldas, que ficava na rua Santo Ivo, que ficava na rua Santo Ivo. Uma curiosidade é que o Sr. Manoel tinha uma filha que se chamava Lúcia e resolveu colocar o nome da casa de Materiais de Construção de Santa LÚcia, em homengem não à Santa, mas â sua filha, por ser conhecida por todos na comunidade. Tinha também o mercado de peixes no Bairro do Chacrinha,  um posto de gasolina na Av. Itatiaia que abastecia ou poucos veículos que existiam no local. As olarias tiveram importancia fundamental no desenvolvimento da comunidade, sendo as mais conhecidas a olário do Carlinhos na rua 1º de maio e a olaria São Jorge na Av. Brasil.